Indignados

Aula no escuro! Universitários sofrem com quedas de luz em Niterói

Segundo os estudantes, os casos têm sido frequentes

Quedas de energia têm sido frequentes nos campi Valonguinho e Gragoatá da UFF
Quedas de energia têm sido frequentes nos campi Valonguinho e Gragoatá da UFF |  Foto: Marcelo Eugênio

Os estudantes da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, estão enfrentando um segundo semestre repleto de desafios, que vão além dos tradicionais exames finais. Após a falta de energia que atingiu o campi Valonguinho e Gragoatá na manhã desta quinta-feira (9), os universitários expressaram insatisfação com a recorrentes quedas de energia na instituição.

Fernanda Maria, de 20 anos, estudante de Psicologia no campus Gragoatá, compartilhou suas preocupações sobre o aumento das quedas de energia na UFF.

Há algumas semanas, estávamos fazendo uma apresentação importante em grupo, e a luz caiu no meio da apresentação. Tivemos que continuar sem slides e sem projeção, o que dificultou muito a compreensão do conteúdo. Fernanda Maria, estudante

Outro graduando que relatou o mesmo problema foi Fábio Costa, 23, estudante de História no campus Gragoatá. No entanto, o seu receio em relação às quedas de energia é acentuado por estudar no período noturno.

"Às vezes, as aulas se estendem até tarde, e quando a luz cai, fico preocupado com a segurança do prédio. A escuridão repentina gera insegurança, e sair da faculdade nessas condições é desafiador", relatou ele.

Campus Valonguinho também é afetado pelo problema.

Segundo os estudantes do Valonguinho, somente neste segundo semestre de 2023, faltou energia pelo menos umas 10 vezes no campus. Clara Gomes, 25, estudante de Odontologia, explicou ainda como os picos de energia têm afetado suas aulas práticas.

É particularmente preocupante no nosso curso, onde utilizamos equipamentos sensíveis. Já tive que intorromper uma aula no laboratório devido uma das quedas neste semestre. Além disso, prejudicam a nossa concentração durante as aulas teóricas e práticas. Clara Gomes, estudante

Para Marcelo Siqueira, de 19, estudante de Biologia no campus Valonguinho, o problema na faculdade é inadimissível. "Pode até parecer que as quedas de energia não são um grande problema, mas ninguém gosta de estar no meio de uma aula importante e ficar sem luz de repente. Esse tipo de situação é inaceitável em uma instituição tão prestigiada quanto a UFF", destacou.

A Enel respondeu apenas sobre o problema ocorrido nesta quinta-feira. "A Enel Distribuição Rio informa que, por volta das 7h45 de hoje (9), ocorreu perda do suprimento da Subestação de Adrianópolis da Transmissora Furnas que atende parte das cargas dos municípios de São Gonçalo, Niterói, Maricá, e Duque de Caxias. A Enel Rio realizou manobras emergenciais nas redes para a recomposição gradual de cargas e o fornecimento foi integralmente normalizado às 8h37min, após retorno da interligação com a transmissora", disse a empresa em nota sem mencionar os problemas recorrentes reclamados pelos estudantes.

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